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SalGrosso não se corrompe: sua cristalinidade é luta contra o apodrecimento. É arma secreta, energética, contra as maldades criadas no mundo. Nosso SalGrosso entra nessa guerra contra as tristezas, todas essas tristezas, e maldades, todas essas maldades. Usamos arte como forma de afeto e afetação, espalhando esse sal para temperar a alegria e o amor contra o desgosto, a prostração, a agrura, o desagrado e o amargor.
Cláudio traz beats 4×4 e sincopados, com texturas leves da eletrônica para ritmar ruídos (des)ordenados onde Marina Mapurunga joga suas melodias, harmonias e efeitos falados por seu violino eletronizado; Gleydson se utiliza da trilha sonora para propor seu cinema vivo, mesclado em tempo real, onde as imagens confirmam ou desmentem o falado pelas sonoridades. Nesta performance, lembramos dos povos primordiais do Brasil, nossos indígenas, de onde surgimos de fato, os donos dessa terra pisoteada pela maldade, e hoje são povos tão massacrados; lembramos das palavras cheias de amor e sal grosso do Ailton Krenak, com seus pensamentos tão potentes e belos, e a quem saudamos.