Info
Detalhes
Os matos e as ruínas do Brasil são habitados pelos espíritos. Parece que a violência colonial passou e podemos cuidar das nossas ruínas fúnebres dos ancestrais. Curar ferida. Mas o círculo se repete. A Memória da opressão volta em novas formas queimando matos e perseguindo a liberdade. Os rostos de novo estão cobertos. Sangue continua escorrendo pelo corpo do povo. Água escorre pelas pedras dos rios. Folhas transparecem vida em constante formação das florestas da vida. As oposições se encontram em um ato dançante, um dramático fluxo do passado e presente.
Mato/Ruína é a nossa resposta para a violência do tempo presente e grito pela liberdade e esperança. Nossos matos e ruínas são variados em vozes, sons e corpos em confluência constante. Faz uma homenagem, uma sinfonia multi/corpo sonora, uma antropologia íntima de carne e espírito que transpõe pelo som e gesto as mensagens e ecos das histórias do passado, presente e futuro do lugar que nos acolheu e transformou para sempre: o Recôncavo Baiano. O tema do filme Mato/Ruína é ouvir e dialogar com ecos do corpo no meio do caminho entre a colônia e as águas da liberdade.
Mato/Ruína – confluências é fruto de cooperação performática-sonora entre Centro Cultural Casa/Teatro (Santo Amaro da Bahia) e Coletivo Novos Cachoeiranos (Cachoeira Bahia).
Esse processo artístico interdisciplinar que abrange dança, estruturas musicais, teatro físico e instalações visuais está vinculado a pesquisas contínuas organizadas pelos membros do projeto no Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas – CECULT, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB. Além disso, a maioria dos membros do projeto está vinculada aos programas de extensão “Novos Cachoeiranos” e “Subaé” organizados nessa universidade.
Pesquisas que surgiram como base do projeto são organizadas especialmente pelo professor Solon Albuquerque Mendes (composições musicais e sonoras) e professor Maciej Rozalski (performance e instalações visuais) junto com outros professores, alunos e artistas de Recôncavo Baiano.
Importantes colaboradores do processo foram Lúcio Agra (Bateria e concepções musicais) Dayane Ribeiro e Letícia Rachid (performance) Vinicius Sabino (filmagem) e Júlia Nogueira (montagem audiovisual). Na gravação foram usadas trechos de texto: Conceição Evaristo “Insubmissa – Escrevivência”
Créditos:
Mato/Ruína – confluências
Conceito geral, composição e dramaturgia de performance: Maciej Rozalski
Composição e dramaturgia sonora: Sólon Mendes
Composição e montagem audiovisual: Julia Nogueira
Filmagem: Vinicius Sabino
Atuação:
Dayane Ribeiro
Leticia Rachid
Vinicius Sabino
Maciej Rozalski
Trilha sonora:
Execução: Coletivo Novos Cachoeiranos
Lucio Agra: bateria
Tarcísio Andrade: percussão
Sólon Mendes: teclados, sintetizador, flautas e percussão
Felipe Passos: flautas
Maria Tereza Oliveira Mendes: Theremim, sintetizador
Matheus Souza: sax tenor
Jorjão da Lyra: sax tenor
Victor Souza: sax alto
Wagner Wanderley: tuba
Trompetes: Lucas Miranda
Maciej Rozalski: Vozes
Dayane Ribeiro: Vozes