Saúde impossível

Anna Amélia de Faria, Juliana Maia Borges Sampaio, Natália Barreto de Mesquita, Maria Clara Reis Andrade, Luiz Paulo Carvalho Pires de Oliveira

Nada pode ser dito dos comportamentos individuais, sem antes considerarmos as forças coercitivas, violentas e produtoras de corpos, que regem as sociedades em um dado momento. As noções que implicam geografias, indivíduos, coletividades, rebeldias, rupturas e também conflitos subjetivos, adoecimentos psíquicos, embatem-se nesse oceano e fronteiras de dominâncias e ultrapassagens. O si das singularidades expande códigos e inventividades estéticas, conclama narrativas que empurram e perfuram lógicas e mentalidades prontas para o uso. Queremos, nessa discussão, pensar saúde e corpos como elementos irredutíveis, políticos e biopolíticos. As questões que nos assolam e que vivemos, nesse Brasil do 2020, evidenciam e adensam inúmeras crises. Disso tudo, emerge o modus operandi e o que perpassava de mortífero e , para alguns, mais velado e não menos inexorável, agora nos rasgando em dimensões e medidas. A crise política e sanitária ventila e destila, exigindo o reconhecimento das rotas seculares e de seus códigos de diminuição necropolítica, bem como visibiliza as forças e operadores dissidentes dessa macabra conjunção. Ei-nos nessa encruzilhada. Encaminharemos, nessa mesa, algumas das nossas discussões e resultados parciais de pesquisa, em que reflexões e produções teóricas e práticas são gestadas em nossa linha de pesquisa: psicanálise, cultura e corpo; entremeadas a pensamentos filosóficos, políticos, históricos e estéticos são ferramentas de criação e construção de si/nós/outres.

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