Movimento estudantil e democratização do conhecimento: uma perspectiva interseccional no meio acadêmico em tempos de pandemia
Igor Cardoso Ribeiro, Beatriz Abreu Gomes, Daiane de Jesus Oliveira, Gustavo dos Santos Leal, Maurício Menezes de Castro
Houveram várias dificuldades enfrentadas pela representação estudantil no decorrer da história, nesse momento pandêmico, com as estruturas de comunicação modificadas por conta do distanciamento social, se torna necessário desenvolver um modelo de representação estudantil que participe ativamente dos espaços deliberativos da instituição acadêmica, dando conta de atender/entender as necessidades dos estudantes. A classe estudantil é composta por estudantes inscritos nos diversos marcadores dos cruzamentos identitários da raça, classe, gênero e sexualidade. Portanto, esses alunos enfrentam na vida acadêmica/universitária vários dos problemas causados pelas desigualdades sociais. As Universidades, vistas como instituições de poder, são ambientes que atende às demandas do mundo eurocentrado colonial, pautada em uma cultura cisheteronormativa patriarcal, submete os sujeitos às diversas violências do mundo ocidental. A partir disso, torna-se evidente que democratizar o conhecimento é uma das formas de garantir um espaço acadêmico múltiplo, plural e democrático, que respeite a diversidade e reconheça como válida todas as formas de existir. Dessa forma, a representação estudantil age como uma importante ferramenta democrática na construção de uma cultura de inclusão e garantia de direitos dentro e fora do espaço universitário. O intuito dessa mesa é dialogar sobre os desafios na luta de garantias e permanência de direitos estudantis, através de um debate interseccional, de modo a trazer as dificuldades enfrentadas durante a quarentena do COVID-19 pelos estudantes, demonstrando a importância de um olhar decolonial e interseccional no âmbito acadêmico.
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