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Exposição Virtual do Processo criativo de “Pupa – Bonecxs identitários” e webinário sobre a produção da artista visual Ana Cordeiro de bonecxs ancestrais, composta por registro do processo criativo das obras produzidas em 2020e 2021. A exposição conterá um webnário onde a artitsta irá dialogar e responder perguntas do público interessado. A artista vem desenvolvendo em seu trabalho o conceito de “corpo mídia”. O corpo que traz memórias, registros saberes. A partir de partilha de técnicas de bordado, costura, contação de histórias de família, conversas e técnica de relaxamento é possível acessar imagens do inconsciente pessoal e coletivo possibilitando a potencialização e ressignificação de emoções e referencias identitários ancestrais que serão matéria prima para a confecção dxs bonecxs. Estas obras serão produzidas partir de referenciais familiares e arquetípicos culturais com base na psicologia analítica de Carl Gustav Jung. São utilizados técnica de arte têxteis de costura e bordado como forma de acesso à memórias de infância. São bonecxs de inspiração nas matrizes indígena e africana, referências da ancestralidade da artista, que vem sendo pesquisando registros antropológicos, fotografias de família. Serão utilizados inspiração no grafismo indígena, nas imagética de orixás e inkises e bonecos de manifestações populares. A metodologia desenvolvida pela artista associa ao fazer artístico a autocuidados, e foi desenvolvida durante a pandemia a fim de auxiliar as pessoas em isolamento social, com técnicas de relaxamento e arte terapia, na confecção de bonecas de pano. E a exposição e webnário possibilitam a partilha do processo de criação neste formato com estudantes, educadores, artistas, terapeutas e o público em geral. Bonecxs são “materializações” de memórias permeadas de potencias positivas, fantasias, tramas, dores, padrões, complexos psicológicos que ganharam corpos e nomes. Fazem parte de uma experiência criativa, sonhos, insights e um desejo enorme de me enveredar pelo caminho da psique. Os conceitos de consciente/inconsciente, mente/corpo, ego/self, complexo/arquétipo povoaram esse trabalho e se amparam na ideia da criança interior de Jung enquanto arquétipo primordial da criança divina. Assim é proposta da confecção de bonecxs ancestrais como forma de ressignificação e empoderamento de nossas raízes. A escritora Conceição Evaristo cunhou um termo para sua literatura, comprometida com a condição de mulher negra em uma sociedade marcada pelo preconceito: escrevivência. O termo aponta para uma dupla dimensão: é a vida que se escreve na vivência de cada pessoa, assim como cada um escreve o mundo que enfrenta.