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Lançamento de livros
18 / novembro / 2020 - 20 / novembro / 2020
Reveja a live!
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Memória e Sensibilidade na Cultura Contemporânea
Pensar sobre memória e sensibilidade no momento contemporâneo nos convoca a refletir sobre as lembranças que constituem nossos laços culturais com uma comunidade, com um povo; e só através da afetação corporal, do envolvimento dos nossos sentidos e ativação dos nossos sentimentos, que sedimentos de experiências se configuram no que reconhecemos como cultura, numa dinâmica movente e instigante. Além disso, é preciso reconhecer a dinâmica imaginativa que impulsiona a capacidade de transformação pessoal e coletiva que esta mesma cultura proporciona, constituindo novos e outros horizontes. As temáticas aqui apresentadas são extremamente abrangentes e espelham a diversidade que grandes temas como a cultura, a sensibilidade e a memória suscitam, sempre perpassadas e ancoradas num corpo. O livro, que traz o selo da EDUFRB, resulta das atividades realizadas no IV Congresso Internacional sobre Culturas, que ocorreu na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, em Cachoeira, em 2018. O Congresso integra a cooperação entre as Universidades do Minho, Universidade de Beira Interior, Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e, mais recentemente, a Universidade de Zambeze. A coletânea está divida em quatro eixos temáticos: 1 Processos criativos e patrimônio cultural; 2 Memória e Contextos Culturais; 3 Diversidade Cultural e Novas Narrativas e 4 Sensibilização da Cultura e Culturalização do Sensível. Colaboram nesta edição cerca de 10 pesquisadores representando as universidades parceiras.
Autor/Organizador
Renata Pitombo Cidreira | Jornalista, doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela UFBA, com pós-doutorado em sociologia pela Université René Descartes (Paris V – Sorbonne). Professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e autora dos livros Os Sentidos da Moda (Annablume, 2005), A Sagração da Aparência (EDUFBA, 2011), As Formas da Moda (Annablume, 2013), A moda numa perspectiva compreensiva (Editora UFRB, 2014), entre outros.
Da Bela Velhice às Velhinhas de Bengala
O que significa envelhecer para as mulheres hoje em dia? É com base nessa pergunta que este livro discute os sentidos atribuídos à velhice e ao envelhecimento das mulheres. O livro é fruto da pesquisa de mestrado da autora, defendida no Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). A partir de uma abordagem qualitativa e seguindo uma perspectiva interdisciplinar, são discutidos os sentidos atribuídos ao envelhecimento e à velhice por dez mulheres com mais de 50 anos, pertencentes às camadas médias populacionais e moradoras da Região Metropolitana de São Paulo. Às narrativas das interlocutoras, costura-se a análise e reflexão sobre certos discursos midiáticos e institucionais, sobretudo aqueles associados ao envelhecimento ativo. A discussão está organizada em quatro eixos: as percepções acerca da velhice e do processo de envelhecimento, as transformações corporais relacionadas a esses fenômenos, as especificidades do envelhecimento feminino e a relação entre menopausa e envelhecimento. O trabalho visa contribuir para a análise do envelhecimento feminino, refletindo sobre a interlocução entre discursos hegemônicos, práticas sociais e subjetividades, evidenciando também os modos através dos quais as mulheres estão vivenciando esse fenômeno na contemporaneidade.
Autor/Organizador
Aline A. V. Ribeiro | doutoranda em Ciências Sociais na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e pesquisadora discente do Núcleo de Estudos de Gênero – PAGU da UNICAMP. É mestra em Filosofia, com área de concentração em Estudos Culturais, pela Universidade de São Paulo (USP), pós-graduada em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde de São Paulo (IS-SES/SP), bacharela e licenciada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP). Tem experiência nas áreas de Saúde Coletiva e Ciências Sociais, com destaque para os temas: saúde das mulheres; gênero; envelhecimento; sociologia e antropologia da saúde; sociologia e antropologia do corpo.
Imagem e Resistência / Imagem e Subversão
A décima edição do TOM Caderno de Ensaios da Universidade Federal do Paraná é resultado do projeto de extensão universitária denominado TOM – Laboratório de Práticas de Comunicação e Difusão para a Cultura, realizado pela Coordenadoria de Cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPR. Este projeto foi delineado em consonância com a Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais – UNESCO, e com o Plano Nacional de Cultura (Lei n° 12.343/2010), que entre suas metas propõe promover a comunicação para a cultura. Desta forma, o TOM – Laboratório de Práticas de Comunicação e Difusão para a Cultura tem como principal objetivo incentivar e difundir a crítica e a reflexão sobre as produções artísticas e culturais, com ênfase na cidadania e no respeito à diversidade cultural.
A publicação, que conta com 392 páginas, desperta a vontade de conhecer mais a relação entre as imagens e o cotidiano sob uma perspectiva crítica e provocativa. Incentiva a reflexão das imagens que interpelam sobre como organiza-se o social, como assimila-se o olhar do outro e de que forma podem ressignificar nossas vidas.
Autor/Organizador
Curadoria de Marilda Queluz, Marinês Ribeiro dos Santos e Kando Fukushima, pesquisadores na área do Design e professores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
A experiência jurídica entre o palco e a plateia
O livro A experiência jurídica entre o palco e a plateia, a ser publicado pela EdUFBA no próximo mês de novembro deste ano de 2020, estabelece um diálogo entre a teoria egológica do direito, desenvolvida pelo autor argentino Carlos Cóssio, e o teatro épico de Bertolt Brecht. A abordagem propõe uma comparação entre direito e teatro, enquanto práticas sociais que se realizam através da linguagem. Apresenta-se a noção de experiência jurídica, a partir da leitura de Cóssio, que subverte a centralidade normativista da lei em favor da conduta, com destaque a seus elementos e ao papel dos intérpretes e protagonistas da cena jurídica. Em paralelo, apresenta-se o teatro épico, com ênfase no efeito de distanciamento, que media as relações estabelecidas entre seus participantes e entre estes e o público. A teoria do teatro épico é discutida em contraponto com o teatro tradicional de matriz aristotélica, com vistas a evidenciar sua abordagem crítica e reconstrutiva, bem como uma proposição democrática que pode ser constatada em sua prática. Tanto na peça de teatro quanto na atividade jurídica, verificamos um tipo de protagonismo em que os participantes da cena desempenham seus papeis com a consciência de serem responsáveis pelo compasso em que se move o texto e a direção que ele toma. Comparando as duas manifestações, identificam-se interfaces e constroem-se diálogos, com vistas a posicionar recíproca e estrategicamente os diferentes olhares teóricos, para que respostas criativas sejam sugeridas.
Autor/Organizador
Thereza de Jesus Santos Junqueira | advogada, professora de alemão e pesquisadora, em residência pós doutoral junto ao PPGLit-UFMG. Doutora em Letras pelo PPGLitCult-UFBA, com tese sobre o teatro didático de Bertolt Brecht, é mestre em Direito pelo PPGD-UFBA, com a dissertação que origina o livro ora apresentado, a qual compara a experiência jurídica à teatral. Graduou-se duas vezes, em Direito e em Letras, pela UFMG. Em seu percurso acadêmico vem se dedicando há alguns anos ao estudo do teatro e da literatura dramática de Bertolt Brecht, em diálogo com outros discursos e práticas, especialmente o teatro do oprimido e os direitos humanos.
A construção da notícia
O livro da jornalista e pesquisadora Claudiane Carvalho analisa a construção da notícia na articulação entre jornalismo e comunicação estratégica, investigando o impacto dessa relação na tessitura da informação. Que contratos são estabelecidos? Como são definidos os critérios de noticiabilidade? Como se consegue o efeito de sentido de verdade? Em busca de respostas a essas questões, a autora conecta três domínios do conhecimento – a análise do discurso, a hermenêutica e as teorias do jornalismo -, transformando suas fronteiras em membranas. Além disso, reflete sobre a configuração do discurso informativo numa zona de convergência, que é constituída no processo de agendamento público e tem implicações na construção social da realidade
Autoria / Organização
Claudiane Carvalho
A utopia do carnaval sem fim
Um gênero quase aforístico, em seus breves poemas. Uma ramificação poética que combina elegância realista, crueldade e filosofia da existência. E, finalmente, poemas-narrativas, que nos apresentam destinos ou fatias de vida de personagens astutos, em luta contra uma sina oposta. Nesses longos discursos poéticos, às vezes, confissões em várias partes, Almeida desenvolve e expõe um conjunto de sensações ricas e difíceis de definir – como evidencia a extensa série de palavras ou qualificadores, que busca transformar o todo em profusão, localizando-o o mais próximo possível de si. Além de especificar ou enriquecer o pensamento, essas acumulações também têm um valor estilístico. Elas combinam a concisão dos versos e o florescimento das assonâncias, numa poesia oral, numa sucessão de ladainhas que estão profundamente enraizadas no espírito – e se estabelecem lá, como um incentivo para entender a dureza e a complexidade de um mundo irredutível, onde o amor é uma luta. E, como toda filosofia se baseia na vida, Almeida apresenta a realidade dos humildes, humilhados e ofendidos, com os quais ele se encontra – e cuja concepção de existência ele revela. [Por Athanase Vantchev de Thracy]
Autoria / Organização
Bernardo Almeida – Salvador, Bahia, Brasil –
O livro foi publicado pela Editora Penalux (São Paulo/ Brasil), em outubro de 2020.
Búzios que instigam, percepções que comunicam
Búzios que instigam, percepções que comunicam abrange a experiência da autora com jovens da Escola Olodum, no curso de formação de lideranças afrodescendentes, em atividades psico socioeducativas consonantes com a Lei 11. 645/08. O livro faz articulações entre representações de heróis afro-brasileiros dos séculos passados e juventudes contemporâneas. Aponta como aprendizagens sobre valores históricos pertencentes ao contexto brasileiro são instrumentos importantes para estimular atos de criação, liberdade e revolução, como também para construções identitárias profícuas, processos socioeducacionais emancipatórios e ações por justiça social. Todos os capítulos têm titulações de músicas gravadas pelo Olodum correlacionadas com os assuntos abordados em cada um. Ponto de partida apresenta inspirações, influências e contribuições recebidas para construção da obra. Nossa gente: memórias, histórias, lutas e glórias aborda conteúdos da história do negro no Brasil, lutas de emancipação, além de referências que tratam de ideias decoloniais e ações afirmativas. Escola de Vida é o capítulo que indica onde desembocaram as ideias para a pesquisa exposta na obra. Já Nave da libertação: vestindo letras, alçando voos discute as implicações das construções realizadas na Escola, destacando a leitura como possibilidade de transformação do sujeito e o uso da imaginação como processo que liberta. Ele fala do projeto Olodum Veste Letras e suas repercussões. O capítulo, Reclames, aborda realidades de juventudes. Referenda seus reclames para processos de mudanças e conquistas, perante contextos de vulnerabilidades. E Consciência da Conquista, o último capítulo são feitas as reflexões finais, em que se contemplam as elaborações do que foi processado nos capítulos anteriores.
Autor / Organizador
Tropifagia – comendo o país tropical
O termo “tropifagia” é o horizonte conceitual do livro Tropifagia: comendo o país tropical. Por meio dele, são apresentadas abordagens, reflexões e impulsos importantes para o atual tempo de emergências, em ensaios memoriais, conversações, escritas, e a memória da Cena Tropifágica (2011-2017). Passado, presente e futuro se misturam em narrativas de Brasis possíveis que sempre estiveram em disputa. Além disso, às contribuições da Antropofagia, da Tropicália e do programa Cultura Viva se somam as experiências dos autores, sob três interfaces temáticas: o Brasil como símbolo, a dimensão criativa e filosófica da arte, e as diversas culturas humanas que compõem o país.
Autoria / Coordenação
Thiago Pondé é bacharel em Filosofia, mestre em Cultura e Sociedade, e doutorando pelo Pós-Cultura, formações pela UFBA. Atualmente pesquisa a vida e a obra do compositor baiano da Era do Rádio, Humberto Porto. Cantor formado pela Escola Baiana de Canto Popular com gravações, apresentações e shows de abertura ao lado de e para artistas como Jorge Mautner, Luiz Galvão, Gerônimo, Lenine, e Saulo, com os projetos Cena Tropifágica e O Jardim de Humberto Porto.
Aline Carvalho é formada em Estudos de Mídia pela UFF, mestre em Indústrias Criativas pela Universidade Paris 8 e doutoranda do programa de Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social da UFRJ. Gestora do Ponto de Cultura Oficina Escola As Mãos de Luz, atualmente desenvolve uma metodologia integrada de educação, mobilização comunitária e auto conhecimento para jovens com a pesquisa “Ser em Ação: Reflexões sobre juventude, motivação e engajamento a partir da experiência do Gaia Jovem”.
Freguesias da Covilhã
O projeto “Freguesias da Covilhã” consiste em uma coletânea de vinte e oito folhetos de cordel em que são celebradas, através de breves narrações em verso, as freguesias que formam parte do concelho daquela cidade portuguesa. A partir dos traços identitários de cada uma dessas localidades, foram desenvolvidas essas pequenas ficções, cujos objetivos, entre outros, foram: 1) dar a conhecer o concelho da Covilhã a partir de uma perspetiva que é fruto da vivência e da investigação do autor; 2) salientar problemáticas intrínsecas e peculiaridades desse território; 3) consequentemente, valorizar o mesmo, através da tomada de consciência do potencial do património – humano e natural – existente, seguida por ações transformadoras para que seja concretizado esse propósito que é, ao mesmo tempo, de resgate, difusão e preservação cultural. No entanto, as temáticas tratadas nessa coletânea, embora estejam fortemente ligadas às peculiaridades mencionadas acima, são inúmeras e por isso permitem uma abordagem que transcende os marcos territoriais entre os quais estão enquadradas as narrações, tornando assim o conteúdo do projeto como um espelho que, a partir de uma perspetiva empírica e de pesquisa individual, devolve uma visão de conjunto crítica das várias facetas do género humano.
Autoria / Organização
Riccardo Cocchi | natural de Turim (Itália) e licenciado em Línguas e Literaturas Estrangeiras (variantes Português e Espanhol) pela Faculdade de Línguas dessa mesma cidade. Morei em Portugal, de forma quase ininterrupta, desde setembro de 2015 até março de 2020, entre as cidades de Coimbra e Covilhã. Publiquei, nessa última, em julho de 2019, o meu primeiro livro – um poema épico – titulado Mystéria, Teogonomaquia carvalhense, que foi apresentado em sessão pública no dia 8 de novembro do mesmo ano. Tenho vários artigos de opinião publicados – principalmente pelo jornal Notícias da Covilhã. No dia 20 de outubro deste ano vou encerrar o projeto “Freguesias da Covilhã”, começado em abril do ano passado e que estou a candidatar para o presente congresso.