Noeli Turle da Silva, Antônia Pereira Bezerra, Thereza de Jesus Santos Junqueira, Michelle Cristine Assis Couto, Marcos Fábio de Faria.
O teatro do oprimido, concebido por Augusto Boal, apresenta-se como ferramenta cultural eficaz para o estabelecimento dos mais diferentes diálogos. Sua estética, tomada pelo autor em sua obra Estética do oprimido, como uma “ciência da comunicação sensorial e da sensibilidade”, tem como pressuposto o comprometimento com a libertação do ser humano das relações opressivas nas quais está inserido, o que alcança ao preparar-lhe, simultaneamente, lugar de fala e lugar de recepção, no palco e na vida. Boal denomina “invasão de cérebros” o processo de dominação cultural que acaba por colonizar o pensamento simbólico e adormecer o que ele entende por pensamento sensível, responsável pela capacidade humana de sentir e pensar por sí proprio. E é contra essa dominação que as práticas do teatro do oprimido iniciam por despertar e exercitar o pensamento sensível, porquanto acomodado sob o simbólico colonizado, com uma diversidade de atividades, com as quais seus praticantes exercitam enxergar aquilo que vêem, escutar aquilo que ouvem e sentir aquilo que tocam. Nesta mesa, apresenta-se o teatro do oprimido, enquanto ferramenta para o teatro negro, com Noeli Turle da Silva (Licko Turle), a partir de sua ampla experiência, teórica e cênica, especialmente com a montagem do espetáculo Peles Negras, Máscaras brancas; para debater gênero e encenar diversidades no teatro forum e no trabalho com as diferenças, com Antônia Pereira Bezerra; para a pesquisa de Michelle Cristine Assis Couto sobre a ética alternativa do cuidado; para Marcos Fábio de Farias, como ferramenta propulsora dos teatros populares; e para analisar o esvaziamento dos direitos humanos e da educação em direitos humanos na matriz moderna, com Thereza de Jesus Santos Junqueira.
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