Magnair Santos Barbosa, Adriana Cerqueira Silva, Nívea Alves dos Santos, Paula Pflüger Zanardi, Maria Paula Adinolfi
Em tempos tão escusos que afeta diretamente as políticas públicas voltadas ao patrimônio cultural, trazemos a proposição de pensar os caminhos e descaminhos que envolvem o patrimônio imaterial baiano, principalmente o que concerne a sua salvaguarda. O patrimônio imaterial trata das práticas, expressões lúdicas e artísticas, saberes, fazeres e lugares/espaços, representativos para comunidades, e, portanto, constitutivos das identidades culturais. Está assim, relacionado diretamente aos indivíduos, suas práticas e direcionamentos políticos e sociais voltados a preservação cultural.
A salvaguarda é o lugar latente das lutas em prol das políticas preservacionistas dos bens culturais imateriais. Onde se traça caminhos, estratégias, alianças, disputas, conflitos e negociações. Traremos nessa mesa as experiências construídas junto a grupos de capoeira, terreiros de candomblé, irmandades negras, afoxés, samba de roda, samba junino, baianas de acarajé, ceramistas, mestres artífices da construção, dentre outros, interlocutores dos trabalhos técnicos desenvolvido pelas expositoras.
Temos no cenário atual, diversos enfrentamentos frente a uma bancada evangélica, que ataca os patrimônios afro-brasileiros, mas também outras questões que envolvem lutas por defesa da propriedade intelectual, fomento, financiamento público/privado, democratização dos recursos públicos, diálogos com órgãos públicos, co-participação nas tomadas de decisões, capacitação dos agentes para autogestão e sustentabilidade dos bens culturais.
Leave a Reply
You must be logged in to post a comment.